As múltiplas faces de uma incoerência humana

23 novembro 2006

Meus queridos doutrinários

Nunca gostei de escola. Sempre achei que muitas das coisas ensinadas eram totalmente inúteis. Ainda acho. Pegue o exemplo de Biologia: eu te dou um doce se você estudar um capítulo do meu livro e, depois de um mês, tirar 8 numa prova.
Mas não é esse o assunto. As matérias de Estudos Sociais são, em sua esmagadora maioria, perigosa para os alunos. O que temos não são aulas ministradas por mestres, mas sim cartilhas esquerdistas doutrinadas por guerrilheiros. Geografia ilustra o que eu falo: meu professor manipula palavras e humilha opositores. E quando nós fazemos à mesma coisa, estamos o desrespeitando. De fato, ele sempre me chama de “neoliberal”, o que deveria ofender; mas quando eu o chamo de parcial e manipulador ele fica irritado.
Certa vez, ele realizou um trabalho com a turma. Fez os grupos e sorteou os temas. Veja algum deles: “Formas monopolizadoras do capitalismo”; “Neoliberalismo” (esse foi o meu tema e, modéstia bem a parte, foi um arraso); e “Reforma Agrária”. É bom observar que os dois primeiros temas são inexistentes e o terceiro deveria ser. O professor foi contra as privatizações, dizendo aquela mentira esquerdista de entrega de patrimônio brasileiro. Na apresentação do meu tema, eu apresentei dados, ele não. Adivinha quem ficou quieto.
Noutra ocasião, eu tentei gravar a aula dele, e ele percebeu. No intervalo, ele veio até mim e disse que eu não poderia fazer isso por causa de direitos autorais (não é essa a palavra, mas o sentido é parecido). Duas coisas a se notar: uma é que ele ficou bem preocupado com a possibilidade de o que ele fala chegar aos ouvidos dos pais. A outra é que ele entra em contradição: ele defende o MST, que acha o direito à propriedade privada um “capricho burguês” (como diria VEJA); mas quando é o seu direito a propriedade a coisa é diferente. Esquerdista é hilário...
A outra matéria é mais perigosa onde estudo, pois o professor é muito mais competente na doutrinação. Filosofia tem como titular um vice-prefeito do PT (as coincidências da vida...). A doutrinação fica clara nos temas: lemos textos da Escola de Frankfurt, esquerdistas e aprendemos como o MST é bonzinho e só quer a Reforma Agrária; mas não ouvimos uma palavra sobre escola austríaca, liberalismo e terrorismo agrário praticado pelo MST.
A perspectiva não é nada boa: nas universidades, são poucas e fracas as resistências à esquerdização das matérias. Mesmo os grêmios estudantis são marxistas até a medula. Proponho gravar as aulas desses professores. O medo que um professor tem de um gravador faz com que eles parem de nos doutrinar.
-------------------------
Um autor que tem textos bem interessantes é Rodrigo Constantino. A maioria dos textos de seu blog (http://rodrigoconstantino.blogspot.com/) é ótima. Mas vou indicar alguns em especial (antes de ler, vejam as datas dos textos):
- “O Adeus a Milton Friedman” (http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/11/o-adeus-milton-friedman_17.html)
- “Dia de Finados” (http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/11/dia-de-finados.html)
- “Terceiro Turno” (http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/11/terceiro-turno.html)
- “Os defensores do atraso” (http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/10/os-defensores-do-atraso.html)
- “Não somos racistas” (http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/08/no-somos-racistas.html)
- “Um corrupto de direita” (http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/05/um-corrupto-de-direita.html)
- “Voto: direito ou dever?” (http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/05/voto-direito-ou-dever.html).
- “Liberdade de Expressão” (http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/02/liberdade-de-expresso.html)

2 Comments:

Postar um comentário

<< Home