As eleições e os golpes
A política é algo espetacular. No começo do ano, havia dois postulantes à vaga de candidato para a Presidência pelo PSDB: José Serra e Geraldo Alckmin. Serra era, na época, o único capaz de ganhar de Lula. Porém, por causa do esforço de Alckmin, este conseguiu vencer as prévias tucanas. Mas ninguém acreditava nele. No começo e durante a campanha, Lula passeava nas pesquisas. Desfrutava de um segundo mandato certo. Alckmin não crescia como deveria, apenas dentro da margem de erro. Ele sempre dizia que o segundo turno era certo. Todos os analistas políticos diziam que ele iria levar uma lavada no dia 1º de outubro. Eu achava isso. Escrevi tudo isso para chegar à noite de hoje. Duas pesquisas no Jornal Nacional. Datafolha e IBOPE. Pela primeira vez em toda a campanha, há chances de haver segundo turno entre Lula e Geraldo Alckmin. A pesquisa do Datafolha (tomá-la-ei como base, pois entrevistou maior número de pessoas) indica que há um empate técnico entre Lula e a soma de todos os outros candidatos. Lula ainda pode vencer no 1º turno, mas é interessante prestar atenção num fato: em nenhum momento da campanha essa possibilidade existiu. E a situação num hipotético 2º turno é ainda mais espetacular. Lula tem 49% dos votos, enquanto Alckmin tem 44%. Novamente, é bom olhar além dos números absolutos. A diferença é de 5%. Contando que Cristóvam Buarque apoiará Alckmin; que a maioria dos eleitores de Heloísa Helena irá migrar para Geraldo Alckmin; que as investigações acerca do dossiê estarão terminadas no âmbito investigativo; e que Lula terá que ir aos debates (serão no mínimo dois); são grandes as chances de Lula perder. Algo que ninguém imaginava até então pode se realizar. O importante é pensar o que acontece se Lula perder. Alckmin, que naturalmente não seria um bom presidente, será massacrado pela oposição. PT, MST e CUT irão botar os militantes nas ruas, provocando um descontentamento geral. Na melhor das hipóteses, Alckmin será o presidente mais impopular da história democrática do Brasil. Na pior hipótese, a esquerda, representada por Lula, dará um golpe e implantará um ditadura à lá Chávez.Se perder, antes de acontecer este golpe, Lula assumirá este blog. Se Lula perder, dia 31 de dezembro de 2006 eu lhe mandarei a senha do blog, para ele assumir, com a condição de que mantenha o nome. Se ele não mantiver, eu dou um golpe e reassumo o blog.
Ah, antes que eu me esqueça: Vote Geraldo Alckmin. Não porque ele abaixou imposto; ou porque ele será um bom presidente. Mas sim porque ele é o único que pode evitar que Lula seja reeleito e acabe com a réstia de democracia.
Ah, antes que eu me esqueça: Vote Geraldo Alckmin. Não porque ele abaixou imposto; ou porque ele será um bom presidente. Mas sim porque ele é o único que pode evitar que Lula seja reeleito e acabe com a réstia de democracia.