Tudo na mesma
Todo mundo viu a história do assassinato brutal do menino João, arrastado pelas ruas cariocas. Todo mundo ficou perplexo. Todo mundo cobrou soluções. Todo mundo achando que se fará alguma coisa.
A revista VEJA, da semana passada, perguntava em sua capa se iríamos fazer alguma coisa depois do assassinato. A resposta veio de imediato: uma lei do senador Álvaro Dias, bem conhecido por alguns leitores pela "brilhante" e "de altíssimo nível" campanha de 2002 ao governo do Paraná, que proíbe contenção de recursos do orçamento destinados à segurança, salvo casos extremos. Uma lei que demonstra toda a nossa bananice: uma criança é morta de forma monstruosa e o que fazemos é aprovar uma lei que, na verdade, deveria ser uma obrigação óbvia do Estado, cumprir o Orçamento. Mas claro, no Brasil, as coisas são mais complexas: cumprir o Orçamento é piada pelas terras descobertas por Cabral. Josias de Souza perguntou se não é melhor fazer um Orçamento realista? Eu respondo: se fizerem um Orçamento realista, não dá para mostrar em campanha.
Os petistas falam que diminuir a maioridade penal não resolve. Lula e os presidentes da Câmara e do Senado seguem essa linha de raciocínio. Verdade. Só isso não basta, é necessário fazer com que os bandidos fiquem na cadeia. Mas é essencial mudar a lei nesse aspecto. As quadrilhas já usam menores porque sabem que eles irão escapar.
Se perguntassem para mim, eu reduziria a maioridade penal para 16 anos.Um adolescente de 16 anos já sabe a diferença entre o certo e o errado. Se com 16 anos se pode votar, pode-se também responsabilizar pelos seus atos. Mas acrescentaria uma detalhe particular: para crimes hediondos, não existiria diferença de idade. Quem mata de forma bárbara daquele jeito não pode ser protegido pelo ECA. Não pode ficar alguns anos "preso" e com 18 anos sair com ficha limpa.
Também estabeleceria o Regime Disciplinar Diferenciado como norma para crimes hediondos, e acabaria com o limite de tempo para o RDD. Também extinguiria a possibilidade de quem cometeu crimes hediondos de mudar para regime semi-aberto, assim como acabaria com aquelas saídas em feriados e datas comemorativas para todos os presos.
E, por fim, mudaria a lei para acabar com os infinitos recursos a que os réus têm direito. A Carta de 1988 protege o bandido demais, porque foi uma Constituição pós-ditadura e se tinha medo da volta dos presos políticos. Essa volta é impossível, o que torna essa proteção inútil.
Mas eu sei que nada disso irá acontecer. O Brasil simplesmente não anda, mesmo sob efeito da tragédia ou da indignação. A classe política, salvo honrosas excessões, irá ficar como está. A revista VEJA teve uma resposta a sua pergunta: não vamos fazer nada, como sempre.
A revista VEJA, da semana passada, perguntava em sua capa se iríamos fazer alguma coisa depois do assassinato. A resposta veio de imediato: uma lei do senador Álvaro Dias, bem conhecido por alguns leitores pela "brilhante" e "de altíssimo nível" campanha de 2002 ao governo do Paraná, que proíbe contenção de recursos do orçamento destinados à segurança, salvo casos extremos. Uma lei que demonstra toda a nossa bananice: uma criança é morta de forma monstruosa e o que fazemos é aprovar uma lei que, na verdade, deveria ser uma obrigação óbvia do Estado, cumprir o Orçamento. Mas claro, no Brasil, as coisas são mais complexas: cumprir o Orçamento é piada pelas terras descobertas por Cabral. Josias de Souza perguntou se não é melhor fazer um Orçamento realista? Eu respondo: se fizerem um Orçamento realista, não dá para mostrar em campanha.
Os petistas falam que diminuir a maioridade penal não resolve. Lula e os presidentes da Câmara e do Senado seguem essa linha de raciocínio. Verdade. Só isso não basta, é necessário fazer com que os bandidos fiquem na cadeia. Mas é essencial mudar a lei nesse aspecto. As quadrilhas já usam menores porque sabem que eles irão escapar.
Se perguntassem para mim, eu reduziria a maioridade penal para 16 anos.Um adolescente de 16 anos já sabe a diferença entre o certo e o errado. Se com 16 anos se pode votar, pode-se também responsabilizar pelos seus atos. Mas acrescentaria uma detalhe particular: para crimes hediondos, não existiria diferença de idade. Quem mata de forma bárbara daquele jeito não pode ser protegido pelo ECA. Não pode ficar alguns anos "preso" e com 18 anos sair com ficha limpa.
Também estabeleceria o Regime Disciplinar Diferenciado como norma para crimes hediondos, e acabaria com o limite de tempo para o RDD. Também extinguiria a possibilidade de quem cometeu crimes hediondos de mudar para regime semi-aberto, assim como acabaria com aquelas saídas em feriados e datas comemorativas para todos os presos.
E, por fim, mudaria a lei para acabar com os infinitos recursos a que os réus têm direito. A Carta de 1988 protege o bandido demais, porque foi uma Constituição pós-ditadura e se tinha medo da volta dos presos políticos. Essa volta é impossível, o que torna essa proteção inútil.
Mas eu sei que nada disso irá acontecer. O Brasil simplesmente não anda, mesmo sob efeito da tragédia ou da indignação. A classe política, salvo honrosas excessões, irá ficar como está. A revista VEJA teve uma resposta a sua pergunta: não vamos fazer nada, como sempre.
4 Comments:
At domingo, fevereiro 18, 2007 10:52:00 AM, Anônimo said…
O nobre jurisconsulto tem a ilusão de que suas brilhantes propostas resolveriam o problema da violência? É isso? Tratar ainda mais mal e porcamente os detentos, turbinar o RDD, aumentar penas, cumprir o orçamento à risca... Tem de combinar com os russos, os jovens embrutecidos pela vida que levam. Aí está o ponto, leitores: "sobre a vida que levam" nem o Anderson nem a Veja topam tratar. Devem acreditar que "é questão de livre-arbítrio". Ahhhhhhhh!
At terça-feira, fevereiro 20, 2007 11:44:00 PM, Anônimo said…
Putz... nem vou comentar nada porque vc não gosta de discussão nos coments do teu blog... mas coçou a mão pra responder o lula aqui de cima
At quarta-feira, fevereiro 21, 2007 9:16:00 PM, Anônimo said…
luis inácio falou, luis inacio avisou, o votolula.blogspot é arena democrática de discussão. não aceitam lá (é o que me disseram), baixaria e agressões pessoais e gratuitas. no mais, é proibido proibir.
At quinta-feira, fevereiro 22, 2007 2:17:00 AM, Anônimo said…
mas veio, vai dizer q num enxe o saco dessa rotina mediocre nossa?!
porra, todo dia a mesma coisa, e vc nem precisa fazer nada e ganha comida e tudo, é 100% de tempo dedicado ao ócio, vc num tem q trabalhar, num tem q lutar por comida! vc num tem emoção!
e voce ai ta bem na pose de pia de predio nesse assunto, pq ao inves de abrir um blog vc num faz (ou se junta, organiza, enfim) um movimento e sai pra rua pra FAZER alguma coisa? lula já taá quase no impeachment, adianta fazer protesto! e se fizer eu vo!
q essa merda de rotina todo dia ai ninguem merece! fica vadiando por ai..
e de musica vc tem é q calar a boca, vc nem curte um estilo, num tem alegria de ouvir algum estilo, vc ouve akelas merdas dai num é a toa q num entende o q é ouvir uma musica do teu estilo boa pela 1ªveiz
¬¬¬¬¬¬¬¬¬
p´recisa falar q é o andreas?
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